Essa é uma pergunta que pode parecer simples, mas tem implicações profundas para qualquer empresa. É comum vermos organizações e profissionais confundindo estratégia com plano de ação. E essa confusão pode custar caro: tempo desperdiçado, esforços mal direcionados e resultados abaixo do esperado.
Vamos destrinchar essa questão.
O erro mais comum: estratégia ou plano de ação?
Pensa comigo: você já viu agências que elaboram estratégias para cada setor? "Estratégia de TI", "estratégia comercial", "estratégia de marketing"... Isso é super comum. Mas, na prática, o que muitas dessas "estratégias" contêm? Um monte de ações operacionais.
Se olharmos de perto, encontramos listas como:
"Criar novo post no Instagram toda terça-feira"
"Prospectar 10 leads por semana"
"Agendar reuniões comerciais com novos contatos"
Essas são tarefas. Ações. Mas estratégia não é isso.
O problema acontece quando a gente começa a elaborar planos detalhados para cada área sem definir uma estratégia real. O que nos leva à pergunta: será que estamos complicando demais as coisas?
Estratégia vs. execução em agências: como separar?
Parafraseando o estrategista Graham Kenny, a linguagem que usamos molda nosso pensamento e nosso comportamento. E se a confusão entre estratégia e execução começa na forma como nomeamos as coisas?
Uma mudança simples pode trazer um nível de clareza absurdo: em vez de falar em "estratégia do marketing", passe a falar em "estratégia do cliente".
Por quê? Porque isso te força a olhar para fora.
A estratégia precisa estar focada no ambiente externo: mercado, concorrência, comportamento do consumidor. Já a execução trata das ações internas que colocam essa estratégia em prática.

Um princípio simples para não errar:
O que acontece do lado de fora é estratégia.
O que acontece do lado de dentro é ação.
Como aplicar isso na prática?
Se você está confuso sobre se está elaborando uma estratégia ou apenas um plano operacional, pergunte-se:
Isso está focado em mudanças externas e posicionamento da empresa no mercado? (Se sim, é estratégia.)
Ou é uma lista de tarefas que precisamos executar internamente? (Se sim, é execução.)
Vamos pegar um exemplo prático:
Errado (Plano de Ação disfarçado de estratégia):
Criar posts no Instagram
Melhorar taxa de conversão do site
Prospectar novos clientes
Certo (Estratégia real):
Posicionar a marca como referência em um nicho específico
Criar diferenciação para competir com empresas maiores
Atrair clientes de alto valor com conteúdo direcionado
Percebe a diferença? A estratégia orienta o porquê. O plano de ação define o como.
Conclusão
Se sua agência está com dificuldade de entender onde termina a estratégia e começa a execução, talvez a solução seja mais simples do que parece. Mude a forma como você enxerga e nomeia as coisas. Foque para fora, no que realmente importa: o mercado, os clientes, a concorrência.
E sempre que bater a dúvida, lembre-se da regra de ouro: o que acontece do lado de fora é estratégia, o que acontece do lado de dentro é ação.
Espero que essa reflexão te traga a mesma clareza que trouxe para mim!
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